Eu, Isabella Rozzino, a Giulia Spiess e o André Salama acabamos de produzir um documentário, que reconta a experiência de uma campanha eleitoral vivida por alguns jovens no interior do Pernambuco, na cidade de Primavera.
A estreia será no dia 03 de junho (sábado), às 10h, no Salão Nobre da Fundação Getulio Vargas.
Durante três meses, eu, a Talita Borges e o Diego Abreu moramos nessa cidade de 14 mil habitantes coordenando a campanha do Alexandre Lins. Os desafios eram vários, desde a barreira da compra de votos ao distanciamento da realidade local à noção de direitos.
A intenção do filme vai muito além da experiência da campanha em si. Acreditamos que o documentário pode ser um ponta pé para umadiscussão sobre a renovação política no nosso país, compreender os limites e possibilidades de uma nova forma de fazer política.
É possível? O que significa realizar uma campanha 100% limpa no interior do Pernambuco? Em que medida a esfera local se relaciona com tudo o que está acontecendo a nível nacional? Essas e outras perguntas serão tema do nosso diálogo que se seguirá logo após a exibição do documentário.
Teremos na mesa o cientista político Fernando Abrucio, o Alexandre Lins, a jornalista do Globo Mariana Sanches, a advogada eleitoral Paula Bernardelli e o prefeito de Petrolina Miguel Coelho.
Sinopse Primavera do Brasil Em meio a uma crescente negação da política, um pequeno município de 14 mil habitantes no interior de Pernambuco é palco para o começo de transformações. Em um contexto de extrema carência, onde a presença do poder público se torna especialmente importante, Primavera do Brasil relembra ao público elementos da política tradicional brasileira que ainda se provam profundamente enraizados no país.
Envolvidos em uma campanha municipal para prefeito, jovens iniciam um processo de combate aos traços culturais de paternalismo e clientelismo presentes, apresentando a população um novo modo de fazer política.
Se 70% dos municípios brasileiros tem menos de 20 mil habitantes, realidades como a de Primavera devem estar em pauta. Se as relações políticas que começam a ser construídas em contextos locais tem impacto direto na política nacional, a renovação e transformação da política brasileira deve, necessariamente, pensar nessas realidades.