Back to All Events

D-Ágora: Cooperação internacional no Século XXI

  • Sala a definir 432 Rua Itapeva São Paulo, SP, 01332 Brazil (map)

A crise financeira de 2008 alterou a ordem mundial estabelecida no pós-Segunda Guerra Mundial. 

Na América Latina, governos de esquerda foram varridos do poder. Brasil, Argentina, Equador, Paraguai e, cada vez mais, Venezuela, países de orientação progressista desde o início do milênio, passaram por mutações radicais no campo ideológico para governos mais liberalizantes, para alguns, ou pragmático, para outros. O mínimo múltiplo comum da causalidade, para economistas, é a queda no valor do commodities que eram exportados, majoritariamente, para uma China hoje em desaceleração. 

Nos países ocidentais, enquanto isso, o populismo de direita, com Brexit e Trump como expoentes, ganha espaço diante da dura recessão econômica e da crise dos refugiados, passando a pautar maior nacionalismo, protecionismo econômico e fechamento de fronteiras nacionais. 

A Rússia, até então adormecida, volta a exercer uma influência inimaginável após da anexação da Criméia, da resistência perante as sanções ocidentais, da sua postura na Guerra da Síria, apoiando abertamente o regime de Bashar Al-Assad e da possível influência exercida durante as eleições estadunidenses de 2016. 

O recente uso de armas químicas na Síria, por sua vez, fez com que atores que se deslocavam sobre uma fina camada de gelo, ainda instável, se movimentassem instintivamente. Os EUA, em uma demonstração de força, promoveram um bombardeio sobre forças sírias e outro, utilizando a maior bomba não nuclear do seu arsenal, contra o Afeganistão. A Coréia do Norte, ameaçada pelas recentes declarações de Donald Trump, que definiu o país como “um problema que será resolvido”, postou-se como preparada para um conflito bélico-nuclear. Enquanto a China pede calma, a Rússia reage ao ultimato norte-americano e alerta aos Estados Unidos: não ataquem a Coréia. O Japão, historicamente ameaçado por Pyongyang, deslocou navios de guerra para unirem-se com o porta aviões estadunidense na península da Coréia. 

Enquanto no Brasil estamos ocupados com a nossa crise política, o mundo torna as atenções para o leste asiático, onde o gelo pode quebrar. 

Para discutir os recentes acontecimentos do cenário internacional, convidamos o professor Guilherme Casarões, especialista em relações internacionais, para uma mesa redonda na próxima segunda-feira, dia 17, às 11h30, na FGV.